Entenda como a taxa de juros para empréstimo pode influenciar nas parcelas
Realizar sonhos e progredir é um impulso natural do ser humano. No entanto, todos estamos sujeitos à primeira lei econômica que trata da escassez de recursos. Assim, lançar mão de produtos financeiros capazes de acelerar a conquista de objetivos e complementar os esforços para gerar renda é algo comum. Mas você sabe o que é importante considerar na busca por crédito e como avaliar a taxa de juros para empréstimo?
O objetivo deste artigo é te ajudar a compreender melhor como as taxas de juros influenciam no custo do crédito tomado e no valor final das parcelas que deverão ser pagas. Quer saber mais? Então, acompanhe!
Como funciona o crédito e qual é o papel das taxas de juros?
Antes de partir para a parte prática sobre a avaliação das taxas de juros, é preciso ter em mente como elas funcionam dentro da contratação das diferentes modalidades de crédito. Basicamente, a ausência de recursos financeiros no orçamento pessoal para a concretização de determinados projetos faz com que as pessoas busquem soluções imediatas por meio da utilização de capital de terceiros.
Esse capital assume a forma de diferentes produtos de crédito e é ofertado pelas instituições financeiras mediante o pagamento de juros. Os empréstimos funcionam como alternativas para aquelas pessoas que não conseguem ou não desejam poupar até acumular o capital desejado. Assim, o juro é o preço pago por utilizar recursos financeiros no curto prazo, em detrimento da formação de poupança em longo prazo.
Essa característica não envolve juízo de valor sobre o que é certo ou errado, afinal, cada pessoa tem particularidades que não permitem fazer generalizações. Obviamente, pagar juros por um capital que você poderia acumular com seus próprios esforços ao longo do tempo é, muitas vezes, desvantajoso.
Mas existem situações em que as vantagens do empréstimo pessoal ficam muito evidentes, fazendo dele uma ótima opção. Um exemplo é quando o crédito passa a ser usado para aproveitar oportunidades de negócios com grande potencial, mas que têm um curto espaço de tempo para serem adquiridas.
De qualquer forma, independentemente da motivação ou do objetivo do empréstimo, precisamos agir de modo a minimizar o impacto do seu preço, ou seja, das taxas de juros. Vale lembrar que existem diferentes tipos de produtos de crédito voltados para os mais variados objetivos e públicos, como:
- empréstimos pessoais: aqui os recursos têm destinação livre;
- empréstimos consignados: crédito com pagamento descontado diretamente em folha de pagamento;
- financiamentos: voltados para a aquisição de bens de maior valor e no longo prazo, como imóveis e veículos;
- cheque especial: valor destinado para pagamentos em curto prazo, de conta-corrente;
- cartão de crédito: destinado ao consumo esporádico;
- crédito com bens em garantia: quando um bem pessoal é dado como garantia na transação (penhor, veículos, imóvel e muitos outros, como leasing, factoring etc.).
No entanto, o que há de comum em todos esses produtos é a cobrança de uma taxa de juros, o que nos leva à necessidade de compreensão sobre como ela funciona e formas de estudá-la para tomar as melhores decisões sobre crédito.
Quais são os tipos de taxas de juros?
As taxas de juros praticadas no mercado financeiro e nas transações de crédito no Brasil são baseadas na taxa SELIC. Ela funciona como a taxa básica da economia e é determinada pelo governo, de acordo com as operações realizadas no Sistema Especial de Liquidação e Custódia.
É importante monitorar as movimentações da SELIC porque ela é crucial para entender o cenário econômico do nosso país e, principalmente, para saber qual será o valor aplicado no cálculo das parcelas do seu empréstimo.
Para fins práticos, existem dois tipos de juros: os simples e os compostos. Nos empréstimos e em todas as operações de crédito e investimento, o tipo de juro comumente utilizado é o composto. Ele também é conhecido como juros sobre juros porque seu valor não é constante, mas calculado sempre com base no montante do mês anterior.
Como fazer o cálculo dessas taxas?
Imagine um empréstimo de R$ 3 mil que deverá ser pago no período de 10 meses, com uma taxa de juro de 3% ao mês. Assim, para o cálculo dos juros compostos devemos utilizar a seguinte fórmula: M = C x (1+ i)t, em que:
- M – é o montante;
- t – é o tempo;
- C – é o capital inicial;
- i – é a taxa de juros.
Em seguida, dividimos o valor de R$ 3.516,90 pela quantidade de parcelas (10), resultando em R$ 351,69. Assim, o total da primeira parcela é subtraído do valor que ainda deve ser pago, restando R$ 2.805,21. Sobre esse montante, serão incididos os 3% da taxa de juros, e assim por diante.
Então, o que as instituições financeiras fazem, geralmente, é considerar o custo total do empréstimo já adicionando a taxa de juros compostos. Depois, o montante é dividido conforme a quantidade de parcelas acordada com o cliente, que vai pagar o mesmo valor mensalmente até quitar a dívida.
Dessa forma, fica muito fácil visualizar que o prazo para o pagamento do crédito é importante devido à incidência dos juros compostos ao longo do tempo. Assim, quanto maior o prazo, maiores os juros acumulados.
Quanto menor a garantia que a instituição tem de que o tomador do empréstimo cumprirá seus compromissos, maior a taxa de juros. E é exatamente por isso que financiamentos de imóveis e de veículos costumam ser mais atrativos por oferecerem garantias reais em caso de inadimplência.
Qual é o impacto das taxas de juros nas parcelas de um empréstimo?
Você precisa saber que a taxa de juros não é o único recurso que tem influência no valor final de um empréstimo. O valor das parcelas também é formado por seguros, encargos como o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), taxas bancárias, prazo de pagamento, entre outros itens.
A soma de todas essas variáveis forma o Custo Efetivo Total (CET), que representa a taxa realmente paga pelo empréstimo. Afinal, todos os itens citados acima (os custos) são incorporados ao saldo devedor, sendo sempre mais elevados que o valor contratado.
Concluímos, então, que o valor das parcelas é determinante para a avaliação da capacidade de pagamento, assim como comparar empréstimos torna-se muito mais simples com a utilização do CET. Portanto, antes de contratar qualquer produto financeiro, dedique tempo à pesquisa de mercado analisando, no mínimo, 3 propostas distintas.
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