Idosos no Brasil: panorama sobre a vida na terceira idade no país!
Você se lembra de ver os idosos, no Brasil, sentados na porta de casa vendo a rua ou conversando com os vizinhos, as vovozinhas fazendo crochê, tricô ou bordado? Essas cenas provavelmente pouco se repetirão devido ao aumento na expectativa de vida das pessoas na terceira idade. Hoje elas se encontram trabalhando, nas academias e realizando uma série de atividades.
Com tempo maior para viver, os idosos tiveram mudanças em seus comportamentos e na maneira de enxergar a vida. Isso, inclusive, alterou os produtos e serviços direcionados a eles. Vamos conhecer o panorama desse grupo no país? Confira!
Qual é a expectativa de vida no Brasil?
O número de idosos em todo o mundo está em curva crescente, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). Nos países desenvolvidos, são consideradas de terceira idade as pessoas acima de 60 anos.
Em 1970, no Brasil, os idosos eram 4,7 milhões — uma proporção de 5% da população. Atualmente, esse número saltou para 30 milhões, sendo as mulheres a maioria, com 16,9 milhões (56%). Já os homens representam 13,3 milhões (44%). É certo que a expectativa chegue a 30% da população em 2050.
Diante desses dados, podemos afirmar que o envelhecimento de ontem não é o mesmo de hoje. Afinal, a possibilidade de vida em 1940 era de 45 anos, e agora é de 76 anos.
No passado não havia celular, internet, diversos meios de comunicação e pesquisas médicas avançadas, bem como tratamentos de saúde qualificados. No presente há tudo isso e muito mais, o que proporciona qualidade de vida aos idosos e, para aqueles que estão doentes, uma sobrevida.
Como é o panorama dos idosos no Brasil?
Mesmo o Brasil tendo inúmeros problemas sociais, a população idosa tem acesso à saúde, educação, trabalho e saneamento básico. Todos esses recursos melhoram a condição de vida desse grupo.
Com inúmeros serviços, principalmente aqueles voltados à saúde, o índice de mortalidade diminuiu. Parte desse resultado surgiu graças às vacinas e antibióticos que são oferecidos gratuitamente para a população.
Veja mais mudanças que aumentaram a expectativa de vida:
Condições de saúde
De acordo com um estudo da ELSI-Brasil, sobre longevidade da saúde dos idosos brasileiros, 75,3% deles usam o Sistema Único de Saúde (SUS). Deles, 83,1% se consultaram com um médico no último ano, 10,2% estiveram internados uma ou mais vezes, aproximadamente 40% têm uma doença crônica e 29,8% têm doenças como diabetes, hipertensão, artrite ou duas e mais destas.
Contudo, os idosos brasileiros sabem diferenciar o que é velhice e doença, já que sua saúde mental é bem saudável e eles concordam que há diferenças entre um e outro. Eles começam a sentir os sinais da idade após os 75 anos. Nem mesmo os tratamentos para suas doenças são vistos como situações ruins, apenas como cuidados com a saúde para que a vida se prolongue ainda mais.
Alimentação
Uma pesquisa realizada no Congresso Nacional de Envelhecimento Humano diagnosticou que a alimentação dos idosos brasileiros está ligada ao seu poder aquisitivo. Mas isso não quer dizer que, se ele for baixo, é de má qualidade. As pessoas da terceira idade têm alto consumo de salada crua, feijão, leite ou iogurte. Também consomem muita fruta devido à facilidade de acesso, além de biscoitos.
Dentro da pesquisa, verificou-se um dado positivo: o baixo consumo de batata frita, de salgados fritos, hambúrguer, embutidos, doces e refrigerantes — alimentos que estão relacionados a doenças crônicas, visto que contêm excesso de sódio, açúcares, gordura saturada e colesterol.
Perfil
Os idosos são bem ativos porque 46% e 48%, respectivamente, continuam trabalhando para manter a mente ocupada e se sentir produtivos dentro da sociedade. Outros ainda estão exercendo suas atividades para auxiliar na renda familiar (43%), conforme dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
Embora a longevidade traga desafios, como o preconceito na hora de encontrar uma oportunidade de trabalho, os idosos não sentem medo e enfrentam a situação. Aqueles que conseguem se manter no mercado pensam em atuar até atingir os 74 anos — claro, dentro de boas condições de saúde.
Ocupação
O envelhecimento mundial vai dobrar até 2050 e atingir 22% da população, segundo informações do Departamento de Economia e Assuntos Sociais das Nações Unidas.
Diante desse fato, haverá mais pessoas idosas do que crianças de até 14 anos. Ou seja, em 2000 havia 606 milhões e, na próxima metade do século XXI, serão mais 2 milhões. Principalmente nos países em desenvolvimento, o processo de envelhecimento atingirá 80% da população.
Qual é a importância do envelhecimento saudável?
Com a chegada da terceira idade, é inevitável que os avanços da medicina, da tecnologia e das políticas públicas, inclusive aquelas direcionadas à saúde, tenham sido cada vez maiores. Logo, para envelhecer com qualidade de vida, é necessário cultivar bons hábitos.
Assim, evite a alimentação desequilibrada, o uso de álcool e de cigarro, bem como noites mal dormidas. Também faça visitas ao médico e exames periodicamente, além de seguir estas regras básicas:
- cuide da saúde mental para se sentir feliz, usando o tripé de exercícios físicos, alimentação saudável e redução do estresse psicológico;
- coma bem, dê preferência aos alimentos orgânicos e diminua os processados industrialmente. Consuma legumes, verduras, grãos integrais e carne magra;
- pratique exercícios físicos para prevenir doenças — pelo menos 50 minutos se for três vezes na semana e 30 minutos se for cinco vezes;
- cuide da pele, não se expondo ao sol entre as 10 e 16 horas. Use protetor solar e beba dois litros de água por dia, além de chás e sucos naturais.
Seguindo essas sugestões, é possível que a pessoa tenha menos enfermidades e mais expectativa de vida. Por consequência, garantirá um envelhecimento saudável para não precisar recorrer a medicamentos.
Vale lembrar que o Governo Federal, por meio do Ministério da Cidadania, lançou dois projetos para até 460 municípios: o Vida Saudável e a estratégia Brasil Amigo da Pessoa Idosa. As cidades receberão capacitação profissional e kits de materiais sobre atividades físicas, culturais e lazer direcionados aos idosos no Brasil.
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