Quais são os 3 principais tipos de crédito rural no agronegócio?
Crédito rural no agronegócio costuma englobar diversas modalidades de transações de empreendimentos rurais. Entre elas, podemos citar letras de câmbio, notas e aceitações de bancos, assim como empréstimos rurais.
Dessa forma, o empréstimo rural pode ser chamado de crédito rural, mas o contrário não se aplica. Isso porque o crédito engloba muito mais do que o empréstimo.
No texto a seguir, mostramos algumas modalidades desse tipo de investimento no agronegócio. Confira!
Como funciona o crédito rural no agronegócio?
O crédito rural é um financiamento voltado para agricultores, associações e cooperativas para facilitar o agronegócio. O auxílio permite a eles expandir as negociações, investir em sua atividade e custear os custos de produção e comercialização dos produtos.
Ao baratear os custos do empréstimo, por ter taxas de juros e prazos de pagamento diferenciados, é possível criar uma rede de colaboração entre os produtores rurais, barateando a produção.
Para conseguir o crédito rural, o produtor deve apresentar o projeto técnico, com o relatório da análise de solo, um cronograma para uso e reembolso do valor solicitado e as garantias, que são previamente combinadas com a instituição financiadora. Essas regras estão previstas na Lei nº4.829/1965, que institucionaliza o crédito rural.
Quais são as principais modalidades existentes?
Os valores disponibilizados são operados por bancos e cooperativas de crédito. Por sua vez, eles direcionam os recursos captados para empresas, cooperativas de produtores rurais, agricultores e pecuaristas individuais e pessoas físicas.
O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, ou Pronaf, é uma iniciativa do Governo Federal e busca fomentar a geração de renda e melhorar a mão de obra familiar nas atividades rurais. Ele também se divide nessas modalidades de crédito. Veja, agora, quais são as três formas mais comuns de crédito rural.
1. Custeio
Financiamento de despesas da produção, como a aquisição de insumos. Funciona como capital de giro e pode ter prazos de 6 a 24 meses, dependendo da exploração ou atividade nas áreas agrícola, produtiva ou pecuária. Também permite pequenos investimentos, como tratamento do solo e compra de novos animais.
No Pronaf Custeio, o produtor rural obtém auxílio para atividades de beneficiamento, agropecuárias, de comercialização e industrialização, tanto para si mesmo quanto para terceiros. Desde que todos estejam enquadrados no programa.
2. Investimentos
Compras de serviços e bens, como aquisição de máquinas e obras de irrigação. Os investimentos em aquisições de novas tecnologias são benéficos para o campo, pois possibilitam a produção agrícola com maior eficiência e menor degradação ao meio ambiente.
No Pronaf Mais Alimentos ou Investimento, os recursos são utilizados para aprimorar a produção e a infraestrutura da propriedade ou de comunidades locais. Ele também é subdividido em Pronaf Mulher, Pronaf Jovem, Pronaf Eco, Pronaf Agroindústria e Pronaf Agroecologia.
3. Comercialização
Financia obras voltadas à compra e venda de produtos, como a estocagem e a proteção de preços. Os recursos disponibilizados nessa modalidade asseguram ao produtor rural e suas cooperativas o armazenamento seguro e eficaz da colheita, além de garantir o abastecimento durante a queda de preços e fornecer o capital necessário para que os produtos cheguem ao local de vendas.
O Pronaf não tem uma modalidade específica para a comercialização. No entanto, o Decreto 58.380/1966 descreve 12 modalidades especiais de crédito rural, que têm, entre outras, a reforma agrária, cooperativas e outras linhas.
O crédito rural no agronegócio auxilia bastante tanto os produtores rurais quanto as cooperativas e associações a adquirir terras e ampliar seus negócios. Além disso, contam com taxas de juros reduzidas e parcelamentos mais amplos, de acordo com a necessidade de cada pessoa.
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