Orçamento apertado: 10 dicas para organizar a sua vida financeira!
Não há coisa mais difícil que chegar ao fim do mês e ver que o seu salário simplesmente sumiu, seja por causa das dívidas, seja porque os seus rendimentos são insuficientes para suprir suas necessidades. Em todo caso, ter o orçamento apertado é uma situação que ninguém deseja.
A questão é que a falta de dinheiro é um sintoma de uma série de atitudes erradas. Não é incomum o descontrole com a nossa renda, ainda mais se considerarmos que a educação financeira nunca foi um assunto tão difundido no país.
Porém, algumas condutas podem ajudar a lidar com o orçamento apertado e até melhorar a sua relação com o dinheiro. Ao longo deste artigo, vamos apresentar as principais delas para você. Continue a leitura e confira!
Qual é a importância de organizar a vida financeira?
Imagine uma semana marcada por temperaturas extremamente altas. Aqueles dias em que está tão calor que, quando você olha pela janela e vê o céu azul, pensa: “poxa, eu poderia estar na praia!”
É claro que a ideia de largar o seu emprego e viajar para o litoral não passa pela sua cabeça. Porém, você resolve, neste dia, alugar uma casa na praia para passar o fim de semana que se aproxima. Ou seja, faz isso pelo simples fato de que pode, isto é, tem condições financeiras para tal.
Percebe a sensação? Imaginou ter essa opção? Pois é, isso não é uma exclusividade das pessoas ricas. O foco é perceber que, quando suas finanças estão organizadas e as suas contas em dia, é possível poupar o que sobra e fazer investimentos. Em outras palavras, você tem mais poder de escolha.
Esse é o benefício quando falamos da importância de organizar a sua vida financeira. Você terá condições de fazer escolhas, reduzir as dívidas ou até eliminá-las. Assim, poderá realizar suas metas ou objetivos de longo prazo (cursos, intercâmbios etc.) e, finalmente, desfrutar de qualidade de vida.
Como aplicar a organização financeira?
Até aqui, você percebeu que manter as finanças organizadas é ter a possibilidade de fazer melhores escolhas sobre a sua vida. Contudo, com o orçamento apertado, pode ser difícil tornar isso possível.
Neste tópico, vamos apresentar algumas dicas de como começar a se organizar quando o assunto é dinheiro. Confira!
1. Saiba o que está acontecendo com suas finanças
O quadro atual das próprias finanças pode ser até um pouco assustador, dependendo da sua situação. A percepção piora se você tem muitas dívidas, cheque especial no limite e muitos cartões de crédito — todas as condutas comuns de quando se tem muitas possibilidades, mas pouco controle.
No entanto, independentemente da sua situação, agora é o momento de parar e entender o que está acontecendo com a sua vida financeira. É hora de pôr tudo no papel: quanto ganha por mês, quais são suas contas fixas, os seus gastos supérfluos e o total das suas dívidas.
No último caso, procure colocar os valores atuais, incluindo os juros, as multas e outros detalhes importantes. Também identifique quem é o credor e há quanto tempo a dívida existe.
2. Invista na sua educação financeira
A educação financeira não é ensinada na escola, infelizmente. Portanto, os brasileiros passam a ter ciência de como usar o seu dinheiro no dia a dia, quando começam a ter suas próprias responsabilidades, mas lidar com as finanças pessoais não é algo tão simples assim. Um pequeno deslize pode acarretar em endividamento.
Por essa razão, é importante que você invista em sua educação financeira. Hoje, muitos especialistas nos assuntos estão na internet dispostos a ajudar as pessoas a tomar o controle da sua vida financeira. Nathalia Arcuri e Gustavo Cerbasi são exemplos de profissionais que compartilham dicas muito interessantes sobre finanças pessoais, até mesmo sobre investimentos.
Acredite, poucas pessoas são educadas financeiramente. A maioria ainda se vê em situações complicadas com o endividamento. Para você ter uma base, em abril de 2020, uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), apontou que o número de brasileiros endividados com cheque especial, carnês de lojas, cartão de crédito, empréstimo especial, entre outros, chegou a 66,6%.
Esse percentual representa mais da metade da população, por isso, é considerado tão alarmante. O problema do endividamento é que você perde crédito no mercado, ficando impossibilitado de aumentar seu patrimônio.
3. Crie metas possíveis
Após ter os seus gastos e rendimentos no papel, você terá toda a informação que precisa para criar metas e organizar suas finanças. O importante aqui é ter consciência de que a mudança não ocorrerá da noite para o dia. Ela deve acontecer de acordo com a sua realidade.
Portanto, nada de querer poupar 50% do seu salário. Afinal, não sabe se precisará de parte desse dinheiro para investir em seu lazer, por exemplo. A ideia não é se privar das coisas, mas administrá-las conscientemente. Assim, você evita frustrações por não conseguir cumprir o que foi proposto.
4. Veja o que pode ser cortado
No tópico anterior, falamos sobre não se privar, mas isso não significa evitar alguns cortes. Aliás, agora que você sabe para onde o seu dinheiro vai, pode começar a analisar o que realmente é essencial na sua vida. Pegue os gastos de um mês como base, verifique se há algo que não utiliza muito e que pode ser cortado, como um serviço por assinatura.
Outro bom exemplo é a academia, já que muita gente costuma fechar um plano e, seja pela correria do dia ou por preguiça, acaba não frequentando o treino. Nesse caso, a melhor alternativa é cancelar e passar a fazer exercícios ao ar livre. Dessa forma, você não se priva da atividade física e para de pagar por algo que não usa.
5. Evite os gastos supérfluos
Cortar os gastos têm muito mais relação com os seus custos fixos mensais. Agora, além deles, você deve ficar de olho nas compras esporádicas que não costumam ser registradas. Sabe aquele hábito de comprar um docinho aqui, um salgadinho ali? Pois é! Eles prejudicam o seu orçamento.
Então, procure controlar esses pequenos consumos que parecem não dar em nada e, de repente, fazem você gastar R$ 100,00 ou mais em um mês. Evitar compras por impulso é fundamental para reduzir as despesas e, inclusive, para começar a juntar uma quantia para a sua reserva.
6. Quite as suas dívidas o mais rápido possível
O acúmulo de dívidas é um problema sério. Quanto mais elas crescem, mais difícil fica de quitá-las, tendo em vista o acréscimo de juros e multas estipulados devido ao atraso. Quando falamos de dívidas de cheque especial e cartão de crédito, a situação é ainda mais complicada, uma vez que a dívida pode se tornar impagável com o passar do tempo.
Tenha em mente que às vezes acontece de você não conseguir arcar com algum compromisso, imprevistos acontecem o tempo todo, mas isso não significa que você precisa ficar com vergonha de procurar seu credor. Mesmo em um momento de crise, ele precisa de uma satisfação para também poder se organizar até que a dívida seja quitada.
Sendo assim, não espere o pior acontecer para você começar a agir. Quite suas dívidas o mais rápido possível. Sente-se em um lugar tranquilo, analise cuidadosamente as suas finanças, avalie como as negociações podem ser feitas e procure seus credores.
Pelo simples fato de você demonstrar interesse em quitar a dívida, o credor se sentirá mais seguro em realizar uma negociação que esteja de acordo com as suas possibilidades. Dessa forma, você não adquire um compromisso maior do que pode pagar.
7. Faça um controle de entradas e saídas
Não é só em uma empresa que as entradas e saídas precisam ser controladas, na sua vida pessoal também. Comece separando todas as suas despesas fixas (aluguel, luz, água, internet etc.) das variáveis (parcelamento de compras, lazer etc.). Dessa maneira, você consegue identificar as despesas que podem ser eliminadas do seu orçamento.
Por exemplo, se você costuma sair com os seus amigos para comer e se divertir toda a sexta-feira, experimente reduzir esse gasto. Convide-os para um jantar em sua casa, para assistir a um filme na Netflix, entre outras opções mais baratas. Eles são seus amigos, vão entender o fato de você precisar economizar por causa do orçamento apertado.
As receitas, por sua vez, também precisam ser monitoradas. Quanto você recebe por mês? Tem alguma renda extra, como um trabalho após o expediente ou recebe aluguel de algum outro imóvel? Tudo isso entra como receita no seu orçamento.
Caso você identifique que as suas receitas são menores que suas despesas, além de cortar os gastos supérfluos, tente fazer uma renda extra, como dar aulas particulares, vender cosméticos ou outros produtos de revenda etc. Essa ação ajudará a otimizar a sua renda, eliminar o endividamento e, inclusive, aumentar o seu patrimônio.
8. Evite comprar a prazo
As compras a prazo realmente facilitam a vida dos brasileiros. Essa é uma maneira muito interessante de adquirir bens com mais tranquilidade. É mais fácil ter R$ 1700 para comprar uma TV de 40 polegadas à vista ou ter R$ 170 todos os meses para quitá-la? Aparentemente a segunda opção é mais simples, afinal, você leva o produto para casa e termina de pagar depois, certo?
Pois bem, mas esse tipo de opção de pagamento representa um risco para quem sempre está com o orçamento apertado. Isso porque essa facilidade colabora para você perder o controle das suas finanças. Não é só porque você tem um limite de R$ 8 mil no cartão de crédito que você pode gastar essa quantia todos os meses se a sua receita total é de apenas R$ 3 mil, certo?
É por isso que o pagamento à vista é sempre o mais indicado. Organize-se financeiramente para juntar a quantia desejada para adquirir um bem específico e livre-se do risco do endividamento. Dessa forma, caso você precise comprar um bem de valor maior, como um imóvel ou carro, terá mais facilidade para conseguir crédito.
9. Invista sempre que puder
O mundo dos investimentos, muitas vezes, é visto como um “conto de fadas”, no qual as pessoas acreditam que ao começar a investir nele, em breve, enriquecerão, ,na prática, não é algo tão simples assim.
Em primeiro lugar, antes de começar a investir, você precisa quitar seus débitos. Do contrário, não terá recursos suficientes para realizar novas aplicações e o pior: pode ser obrigado a retirar o valor investido e perder muita rentabilidade do fundo.
Em segundo lugar, lembre-se de que a riqueza é fruto de esforço e trabalho duro, não de sorte. Sendo assim, quando falamos em investimentos não estamos nos referindo apenas ao mercado de ações, por exemplo, mas também o investimento em si próprio, como cursos, abrir o seu próprio negócio etc.
É claro que você deve separar uma quantia para investir todos os meses, mas você precisa estudar a fundo as aplicações que fará para não ter prejuízos futuros. Se você não se sente seguro em investir na renda variável, existem outras opções de renda fixa que costumam ser mais vantajosas que a poupança. Assim, você consegue investir seu dinheiro com segurança.
10. Faça um planejamento financeiro
Existem muitas maneiras de se planejar financeiramente e alguns fundamentos são bem comuns. Contudo, um modelo interessante e que pode ajudar você a ter um guia inicial é a regra do 50 35 15.
Basicamente, é uma forma de separar a sua renda mensal para que possa pagar suas contas, ter dinheiro para o lazer e criar uma reserva financeira. Nesse sentido, você separa 50% do seu salário para os gastos essenciais (contas, estudos, saúde etc.), 35% para o seu lazer e 15% para investimentos.
Você pode adaptar, diminuindo o valor do lazer e aumentando o do investimento, por exemplo, a fim de obter uma relação de 30% e 20%, respectivamente. O importante é não mexer no valor reservado aos gastos essenciais, já que são custos fixos necessários para manter seu estilo de vida.
Esperamos que as dicas ajudem você a lidar com o orçamento apertado e a cuidar de suas finanças. É muito importante, mesmo com a melhora dos hábitos, continuar avaliando o seu orçamento doméstico para definir novas condutas.
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